domingo, 20 de outubro de 2013





NOITE – s/d
DA PLATEA
O Theatro Nacional
A Prefeitura ainda não se mexeu, não descendo a dar explicações à totalidade dos seus contribuintes sobre o defeituoso negócio representando pelo contrato de “La Teatral”. Esse contrato, que devia obedecer a uma concorrência pública, como o ordenam os preceitos republicanos, foi feito de surpresa, como uma emboscada e só dá direitos e atribuições ao atual diretor do Teatro Municipal, que de um momento para o outro sai de sua esfera de arquiteto festejado, para aparecer como árbitro das nossas plateias elegantes.
É, pois, um absurdo pelo pouco que rende para a prefeitura, a não ser que a prefeitura entregue em todas as noites de espetáculo as frisas, os camarotes, as poltronas e os balcões que, pelo contrato, “La Teatral” é obrigada a entregar e que ninguém sabe que destino têm tantas localidades.
Para o Teatro Nacional já todo mundo sabe o desânimo que representa tal contrato. Ora, para toda a gente de bom senso, arraiga-se a ideia de que a Prefeitura está moralmente obrigada a fazer o Teatro Nacional, dando-lhe uma outra casa, já que o Elefante Branco que representa cerca de dezoito mil contos e tem de despesa certa duzentos contos anuais, fica transformado na filial de “La Teatral”, de Buenos Aires...

“O Canto sem Palavras”

Já está anunciada em segunda récita de assinatura, para quinta-feira próxima a primeira representação da peça do Sr. Roberto Gomes – “Canto sem Palavras”. Quem teve a ventura de ler a peça afirma-nos que Henry Bataille assinaria com prazer os três atos do “Canto sem Palavras”.
A montagem dessa peça está sendo feita cuidadosamente. O cenógrafo Lazary, que entre nós é um dos mais brilhantes na sua arte, fez um admirável cenário para o segundo ato.
A seguir o “Canto sem Palavras” será representada a peça de João do Rio – “A Bela Madame Vargas”, afirmação de um novo talento teatral.


NOITE – s/d

DA PLATEA

O Theatro Nacional

Será representada hoje no Municipal a peça de D. Julia Lopes de Almeida – “Quem não Perdoa”. Essa peça continua a levar ao Municipal uma franca concorrência, especialmente desde que se verifica que são escusados, para as récitas da Companhia Nacional, os apuros da toilette.
Esta semana ainda subirá à cena no Municipal peça do Dr. Roberto Gomes – “Canto sem Palavras”, montada com um grande capricho de cenário e de propriedade cênica.
Ao mesmo tempo a companhia ensaia esforçadamente a peça de João do Rio – “A Bela Madame Vargas”, que promete ser um verdadeiro acontecimento teatral na presente temporada.

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