Atores e Atrizes
Ferreira de Souza é um nome
já feito na cena brasileira. Nasceu em 1854, nos Açores, veio para o Brasil em
1865, empregou-se no comércio e em 1873 entrou para o Teatro Gymnasio
estreando-se na Eva, ao lado de
Apolonia Pinto, numa companhia de que era empresário Francisco Carlos Bricio, e
ensaiador o ator brasileiro Salles Guimarães. Nos seus 39 anos de vida teatral
o Sr. Ferreira de Souza tem trabalhado em quase todas as companhias de valor que
hão representado aqui e nos Estados, ao lado dos melhores artistas, merecendo
sempre o melhor conceito, quer como ator, quer como cavalheiro da maior
correção. A sua biografia traria excelentes subsídios para a história do nosso
teatro, mas falta-nos o espaço para isso. Em vez de datas e de fatos,
preferimos fazer reviver uns períodos de Arthur de Azevedo, escritos há talvez
uns doze anos e que dão a ideia bem nítida do valor do excelente artista de que
nos ocupamos.
“Ferreira – É o único ator do grand genre que hoje possuímos – pode-se
com afoiteza afirmar. Os que concorrem com ele nessa antiquada manifestação da
arte, Soares de Medeiros e Dias Braga, não realizam mais do que verdadeiras
tentativas nesse sentido, não podendo jamais se lhe aproximar: é que lhes
falecem as condições físicas e os elementos naturais de que ele dispõe e que
constituem outros tantos requisitos indispensáveis para a exploração do gênero,
hoje pouco em moda – entre nós, pelo menos.
Os seus
processos artísticos: a sua voz stentorica, provinda de uma larga e vasta caixa
toráxica, denunciando a opulencia de um bom par de pulmões e a rigidez de uma
laringe bem constituido; a expressão de dureza, feroz quase, que sabe imprimir
ao olhar; a gesticulação abundante e farta com que de um só golpe abrange toda
a vastidão da cena e envolve toda a coleção de personagens que a ocupam; a sua
forte e sadia musculatura; o colorido quente que dá à frase; o seu expressivo e
cambiante jogo fisionomico; a vida, a alma, o calor com que veste o personagem,
fazendo-o viver a vida real e vibrar toda a escala da sentimentalidade humana
naqueles estreitos âmbitos de um cenário convencional – tudo isso são outras
tantas condições, inatas umas, outras adquiridas pelo estudo acurado, outras
aperfeiçoadas por demora prática e longa observação, que o Ferreira põe em
contribuição para o fim de manter-se o derradeiro dos Abencerragens, o último
cultor no Brasil do gênero Capa-e-espada, capaz de vencer todos Antonio
Barachos de todos os Homens da Mascara
Negra, havidos e por haver, no S. Pedro e em todos os teatros espalhados
pela face da terra, aos Domingos como nos feriados da República, aqui como em
qualquer outro país do Universo.
Nem vai
exagero nem requintada concessão afetiva no postulado, porque com o seu sólido
talento, a sua inegável penetração e o seu grande amor à Arte, o Ferreira se
houvesse nascido ou vivido em outro meio, se tivesse tido uma escola, se no
decurso de sua educação artística visse e ouvisse os mestres; e, sobretudo, e
principalmente, se falasse e representasse em outro idioma que não este em que
o Sr. D. Carlos I e nós falamos, e que apenas por um acaso histórico é
percebido em certas regiões do sul da Índia e em determinados sítios da África
Austral – nesta pobre e anônima língua portuguesa, que faz as delícias e constitui
a riqueza dos povos de Caraguatatuba, no Brasil, e de Santa Comba Dão, em
Portugal -; se assim fosse, certo o Ferreira teria sido outro, e o seu nome
seria coberto de mais refulgente auréola.
É dessa
massa que se fazem ou se fizeram os Irving, os Mounet Sully, os Tasso, os
Salvini, os João Caetano; e que qualquer deles ter-se-ia aproximado o Ferreira,
que, ainda assim, produto espontâneo do restrito meio artístico em que se
confirmou, vale muito, vale mais do que muitas gralhas apavonadas que por aí
exibem em gravebundos passos – do que esse incorrigível gritador e insuportável
arregalador de olhos, o Sr. Eduardo Brazão, por exemplo, a quem um insensato e
sob-reptício convênio luso-brasileiro conferiu a honra de ser o maior vulto da
cena portuguesa na cultura e exploração do grand
genre, quando em boa verdade sabemos que aquele detestabilíssimo Kean, que
aqui apreciávamos, jamais chegará ao vintém da tragédia, pois nasceu só e
unicamente para os dez réis da Timidez do
Sr. Cornélio Guerra, e de outras comediazinhas em que o ilustre comendador
tem papéis que inegavelmente lhe vão a matar.
Ah! Mas não
penseis que só nas grandes peças e só nos papéis “puxados à sustância” é que o
Ferreira se faz notar, que ele só tem alto valor no Palhaço – o seu tira-dúvidas, o drama de sua predileção – no Corcunda e no João José...
Fora do
dramalhão e do dramalhete ainda
tendes homem, nas peças de modernos moldes, no teatro de Dumas Filho e de E.
Augier, como nas comédias finas, como na farsa grossa e arrastada – em qualquer
papel de galã ou de baixo-comício, pertencente a esse rosário de coisas
indizivelmente tolas e chulas, que partem de um mimo como o Lenço Branco, de Blasco, e descem até
uma chinfrineira como esses Trinta botões,
de um Sr. Qualquer, ou com a Fábia,
do Sr. Francisco Palha.
E há que
ve-lo na comédia, dizendo com muita graça, mas de uma graça sóbria e comedida,
provocando habilmente e naturalmente o riso os espectadores com um ar bon enfant que se dá quando se atira ao gênero
com a fisionomia simultaneamente pasmada e vivaz que empresta ao personagem,
fazendo-se um cômico leve e insinuante, sem exageros nem palhaçadas – e o que
bem se compreende, desde que ele, amando profundamente, sinceramente a sua arte,
começa por dar-lhe desse amor a mais exuberante prova, sabendo-a respeitar.
E é desse
amor intenso, perene e profundo, pelo Ferreira consagrado à sublime arte, que
lhe tem advindo todas as suas vitórias e todos os seus triunfos,
definitivamente conquistados no juízo da consciência pública, a golpes de
talento e de trabalho, com a pertinácia dos grandes, com a tenacidade dos
fortes, com a persistência dos convencidos, não vendo nos embaraços e nas
vicissitudes que abrolham os caminhos percorridos e a percorrer, senão
incidentes casuais e facilmente reparáveis deste acidentado e incessante struggle for life em que se debate, da
luta constante e intérmina pela glória, em que se empenha.
E se acaso
careceis ainda derradeira e decisiva prova de carinho e do amor com que ele
serve sua Arte, reparai que coube ao Ferreira, o sagrado mister e o alevantado
e duplo destino de, em menos de um decênio, amparar uma gloriosa, mas
bruxoleante existência artística, prestes a extinguir-se – a da primeira atriz
Ismênia dos Santos; e assistir e encaminhar os tímidos primeiros passos de um
gênio, ainda em sua aurora promissora, e vê-lo evoluir em rápidos e altos vôos
para a consagração definitiva de uma outra igualmente primeira atriz – a Sra.
Adelaide Coutinho...
E tudo isso
muito meigamente, muito docilmente, muito carinhosamente, ou saudando a aurora
nascente que ruboriza o horizonte, ou dizendo compungido adeus ao crepúsculo
vespertino que na densa treva se esvane...
Porque, com
aquele temperamento de indiferente, com o seu caráter sério e incoercível, com
o seu todo respeitável e capozorio,
ele sabe, nas ocasiões – assim o afirmam elas – ser meigo como uma pomba, dócil
como uma criança, leve como a pena, ideal como o sonho, intangível como o
perfume, macio como o arminho, e como tal não deixa passar camarão por malha;
nem consta que, até hoje, lhe haja socorrido a ideia de mandar uma partícula
sequer do seu quinhão ao vigário, - e muito menos a mim.
- Tudo, só
e exclusivamente sugerido pelo mais puro, pelo mais acendrado, pelo mais
sublime amor que a Arte Dramática dedica e consagra esse surnois do Ferreira de Souza...
Lucília Peres nasceu em Lorena no Estado de S. Paulo,
a 6 de Março de 1882.
Filha de
artistas, desde pequena desempenhava os papéis de criança na companhia de que
seus pais eram empresários, e, muito moça ainda, trabalhava com amadores no
Club Gynástico Portuguez e no Club do Riachuelo.
Estreou-se
como atriz no teatro Santana, hoje Carlos Gomes, desempenhando o papel de
“Mariquinhas” na peça O Paralítico.
Depois disso tem feito parte de todas as companhias dramáticas nacionais.
Ultimamente fez-se empresária-diretora de uma companhia, a que ligou seu nome,
visitando os Estados do norte, obtendo inúmeros sucessos.
É a atriz
brasileira que tem criado maior número de peças originais. De passagem por
Lisboa, na sua recente viagem a Europa, foi convidada e chegou mesmo a assinar
contrato com a empresa do teatro da República, ex-D. Amélia, mas por uma
circunstância fortuita viu-se obrigada a regressar ao Rio, onde dissolveu sua
companhia por falta de teatro; todos se achavam ocupados.
A Sra.
Lucília Peres, mais que nenhuma outra atriz brasileira, era, pelo seu talento,
uma figura de rigor na companhia nacional, onde vai ocupar o posto honroso que
de direito lhe compete.
Maria Falcão nasceu em Lisboa em 1874; estreou-se no
Teatro Príncipe Real, no Delphim, da Maria
Antonieta e com essa companhia foi ao norte do Brasil substituindo Adelina
Abranches.
Entrou para
o D. Maria, empresa Rosas e Brazão, onde fez as primeiras ingênuas, tendo
substituído Rosa Damasceno, com vantagem, no Manelich, Guerra em Tempo de Paz, Leonor Telles, etc. Criou com
êxito o Velho Tema, de Marcelino
Mesquita, Os Velhos, de D. João
Câmara, O Outro Eu, Castelo Histórico,
Semi-Virgens, Estrangeira, etc.
Veio ao
Brasil em 1890 com Souza Bastos e aqui ficou, tendo trabalhado nas companhias
Dias Braga e Ismênia dos Santos, com geral agrado. Voltou, três anos depois, a
Lisboa, indo para o D. Amélia, com Rosas e Brazão, criando, entre muitas
traduções, os originais portugueses Vertigem,
de Augusto de Castro, Rosas de todo o ano,
de Júlio Dantas, Envelhecer, de
Marcellino Mesquita, etc.
Veio ao Rio
diversas vezes, trabalhando à frente de companhias de que faziam parte Brazão,
Ferreira da Silva e outros artistas de valor. A sua galeria é extensa, podendo
citar-se como mais bem trabalhados os papéis da Ressurreição, Severa, Frei Luís de Souza, Cruz da Esmola, Passerelle,
e mais recentemente, Cuida da Amélia e
Rato Azul.
Maria
Falcão é não só uma das mais estudiosas e mais inteligentes atrizes
portuguesas, como uma das que se vestem com mais apuro e elegância: as suas toilette, em geral, obtêm referências
especiais.
Adelaide Coutinho nasceu em
Lisboa, a 25 de Janeiro de 1863 e estreou-se no Teatro Príncipe Real em 1874.
Casou-se com o violinista José Simões Junior e veio para o Rio com a Companhia
Simões e Paladini, representando no Teatro S. Pedro d’Alcântara nas peças Burgueses de Pont’Arcy, Mãe e filha, Dora,
etc. Depois de uma excursão ao Rio Grande do Sul deixou o teatro, reaparecendo
em 1889 no S. Pedro, numa companhia de Emilia Adelaide. Passou mais tarde para
o Teatro Recreio Dramático, onde permaneceu, durante dez anos, na companhia Dias
Braga. Em 1900 fez parte da companhia Lucinda-Christiano que trabalhou no
Teatro Lucinda, seguindo depois para Lisboa, e representando, durante três
anos, no Teatro Gynasio e algum tempo no Príncipe Real, percorrendo em seguida
as províncias.
Em 1905 veio
ao Pará para a companhia Lucinda-Christiano, visitando todo o Norte e em
seguida o Rio, S. Paulo e Santos. Em 1906 regressou a Portugal, trabalhando em
Coimbra durante cinco meses. Chamada por telegrama pelo ator Christiano
reapareceu em Santos na Zázá; voltou
ao Norte e em 1907 veio para a companhia Dias Braga, no Recreio, estreando no Sherlock Holmes. Percorreu ainda S.
Paulo, Minas em 1908, fez parte da companhia Da Rosa no Teatro Municipal e
trabalhou este ano na companhia Christiano de Souza no S. Pedro.
Gabriella Montani nasceu no
Rio de Janeiro a 13 de Junho de 1854; é filha da saudosa atriz Jesuina Montani.
Dotada de viva inteligência e de uma excelente intuição artística, ela não
entrou para o teatro por uma vocação irresistível nem por ambição de glórias ou
de lucros. Atraída de preferência para a vida do lar, ela viu-se forçada,
entretanto, a buscar no teatro uma profissão para viver e tinha já 36 anos
quando se estreou, em Janeiro de 1880, no Cão
de Cego, drama representado no Teatro Lucinda por uma companhia do glorioso
artista Furtado Coelho. Vítima de azares que pesaram durante tantos anos sobre
os artistas nacionais, Gabriella Montani tem trabalhado quase exclusivamente
para os seus empresários; nunca o teatro lhe deu garantias para a sua subsistência.
Sem razão para entusiasmos, ardores, estímulos ou incentivos na arte, que só
lhe acarretou dissabores e doenças, ela soube, todavia, manter-se em uma linha
de rigorosa probidade profissional, representando no drama, na comédia, no
vaudeville, na opereta, na revista, na mágica, de modo a tornar-se credora de
aplausos do público, de elogios da crítica, de gratidão dos autores, de
respeito dos seus colegas. Foi uma artista de destaque em todos os elencos em
que figurou o seu nome e deu grande realce às representações da Companhia
Nacional de Teatro da Exposição de 1908.
Luiza de Oliveira nasceu em
Lisboa a 12 de Outubro de 1864 e em 1887 estreou-se no Teatro Príncipe Real, na
peça Demônio nas Montanhas. Foi
sucessivamente contratada para o Teatro Alegria, para o da Avenida, para o da
rua dos Condes; fez duas digressões aos Açores, trabalhou no Porto no Teatro
Carlos Alberto e veio para o Brasil em 1902 na Companhia Taveira, estreando no
Teatro Apollo no drama Sapho.
Corina Fróes nasceu em Niterói a 2 de maio de 1881 e
estreou-se a 24 de Janeiro de 1909 no Recreio Dramático fazendo a ingênua do Pescador de Baleias. Foi contratada pela
Companhia Angela Pinto para uma excursão de Bahia a Manaus e trabalhou
ultimamente nas companhias Cinira Polonia, Ismenia dos Santos e Simões
Coelho&Apolonia Pinto. Mereceram-lhe particular carinho as ingênuas do Gaiato de Lisboa e do Comboio nº 6.
Judith Saldanha nasceu em
Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, a 8 de Abril de 1886, e já no colégio
onde se educava revelou qualidades para a cena, representando.
Veio para o
Rio onde se estreou em palco público, distinguindo-se na cena popular do
Polytheama no começo deste ano, e manifestando aptidões aproveitáveis.
Jachinta de Freitas é uma
dessas figuras modestas, de grande retraimento, mas fez-se conhecida desde os
tempos em que foi ingênua numa companhia do glorioso Furtado Coelho; trabalhou
em muitas outras companhias, sempre com uma noção justa da personagem que
representava.
João Barbosa nasceu na cidade de Porto Alegre a 15
de setembro de 1871. Estreou-se em 1892 em Quatis da Barra Mansa, na companhia
do ator Affonso de Oliveira e Domingos Machado; em Novembro do mesmo ano
representou nesta Capital, no Teatro Variedades, no drama Lágrimas de Maria e em Janeiro do ano seguinte fazia parte da
companhia Soares de Medeiros no teatro São Pedro.
De Setembro
de 1893 a Março de 1895, esteve afastado do teatro prestando serviços militares
à República. Neste último mês reapareceu no Teatro Recreio Dramático,
representando, numa companhia de Ismenia dos Santos, o papel de Príncipe
Caipora das Maçãs de Ouro; em Junho
seguinte, fazia parte da Companhia Clementina dos Santos, no teatro Lucinda; em
1896 achava-se em Petrópolis na companhia Pestana, mas transferiu-se para esta
Capital para a Companhia Silva Pinto, tomando parte na representação do “Rio Nu”.
A 8 de Dezembro do mesmo ano, estreou-se na companhia Faria & Sampaio, no
Teatro Apollo em “A Cigarra e a Formiga”. Aí se conservou até Fevereiro de
1900, tendo feito nesse período duas excursões ao Estado de S. Paulo. Esteve
fora do teatro até princípios de 1902, quando voltou para a companhia Silva
Pinto, reaparecendo ao público no papel de João do drama “A pérola”.
Na
companhia do ator Colás, no teatro Apollo, estreou-se no “Surcouf”; em 1903 fez
o Ursus do “Quo Vadis” na companhia Dias Braga no Recreio Dramático e aí se
conservou até 1906, reaparecendo em 1907 no drama “Sherlock-Holmes”. Foi a São
Paulo e a Minas com a companhia Lagos & C. e a de Adelaide Coutinho e fez
parte da companhia do empresário Da Rosa no Teatro Municipal.
Antonio Ramos nasceu a 15 de Março de 1878 na cidade
do Porto e estreou-se em 1897 nesta Capital no teatro Variedades, hoje São
José, na peça “O Palhaço”.
Trabalhou
na companhia Dias Braga, no Teatro da Exposição, e conta no seu repertório as
seguintes peças: Miseráveis, Dote, Vida e
Morte, Rajada, Honra, Mestre de Forjas, Albatróz, Doutoras, Mar de Lágrimas,
Severa, Mártir do Calvário, Toga Vermelha, Mão Negra, Quó Vadis? e Maria Antonietta.
Carlos Abreu nasceu em Lisboa a 1 de Outubro de
1888. Ali fez o curso comercial e aos 17 anos veio para o Brasil acompanhando
sua família, que é brasileira. Possuindo boa voz de tenor e desejando seguir a
carreira lírica, em 1910 começou a aprender canto com Franco Cardinali, mas
adoeceu gravemente e no final de um ano perdeu a voz. A 8 de Março de 1911
estreou-se em Campos, numa companhia do ator Eduardo Leite. Não foram de rosas
os primeiros tempos, enquanto trabalhou em Juiz de Fora e em Niterói, mas,
contratado por Christiano de Souza, estreou-se nesta Capital no “Rato Azul”, no
teatro S. Pedro, a 29 de Setembro de 1911, e tem progredido imensamente com as
lições e conselhos deste distinto ator.
Alvaro Costa nasceu na Bahia a 25 de Outubro de 1884
e estreou-se no teatro Lucinda a 28 de Março de 1908, no drama “Os Demônios da
Noite”. Tem trabalhado nas companhias Dias Braga, Lucilia Peres e Ismenia dos
Santos.
Castelo Branco estreou-se a 5 de Dezembro de 1907, no
teatro Polytheama, Bahia, na companhia de operetas de Francisco de Souza, da
qual era ensaiador o Sr. Adolpho de Faria, tendo percorrido alguns Estados do
Norte. Mais tarde representou em Niterói, na companhia Leopoldo Fróes, no
teatro João Caetano e depois nesta Capital no teatro Apollo, sob a direção do
tenor Almeida Cruz. Em Maio de 1910 foi contratado pelo empresário Da Rosa, de
triste memória, para o teatro Municipal. Em 1911 fez parte da companhia Cinira
Polonio em Niterói e depois nesta Capital, no teatro S. José, até Janeiro de
1912. No seu período de amador, em clubes particulares, representou em muitas
peças que fazem um vasto repertório.
Octavio Rangel, filho do finado ator João de Sequeira
Rangel, nasceu nesta Capital em 1886. Estreou-se como amador em 1903,
fazendo-se ator em 1911 na companhia Eduardo Victorino, no Polytheama.
Antonio Sampaio nasceu em
Povoa do Varzim, Portugal, em 1889. Veio para o Brasil em 1900 e em 1907,
recomendado por Arthur de Azevedo, estreou-se na companhia Dias Braga no Recreio
Dramático. Em 1909, admitido na companhia Adelaide Coutinho, fez excursões a
Minas. Em 1910 matriculou-se na Escola Dramática, trabalhou no Cinema Elite e
em Maio deste ano representou no Polytheama.
Samuel Rosalvos nasceu a
24 de Agosto de 1873 na cidade do Pilar, Alagoas. Estreou-se no teatro Santa
Isabel, Pernambuco, na “Cabana do Pai Tomás”, a 13 de Maio de 1894 e dez anos
mais tarde nesta Capital, no teatro Apollo, na companhia Mesquita, na revista
“O Esfolado”. Trabalhou no S. José, na companhia Francisco de Souza; no Recreio
na companhia Lagos & Poza; no Lucinda na companhia Heller e ultimamente no
S. Pedro, na companhia Christiano de Souza.
Affonso Mello nasceu a 7 de Novembro de 1882.
Matriculou-se na Escola Dramática em Abril de 1910; estreou-se em Março deste
ano na companhia Eduardo Pereira e em Junho passou a trabalhar no Polytheama.
São alunas
da Escola Dramática:
Fulvia Castelo Branco, com 25
anos de idade, nascida em Mogy-Guassu, no Estado de S. Paulo;
Martha de Souza, com 22
anos, nascida em S. Paulo;
Brasília Lazaro, com 16
anos, nascida nesta Capital;
Desdemona Barros, com 16
anos, nascida nesta Capital. Estreou-se na companhia de seu pai, o velho ator
Dias Barros, no papel de Mariquinhas, da “Morgadinha de Val-Flor”.
Completam a
companhia o ponto Luiz Rocha, o contra-regra Lindolpho de Souza, o aderecista Ary Nogueira, e o maquinista Anysio Fernandes.
TEATRO
MUNICIPAL com a peça em 3 atos, original da Sra. Julia Lopes de Almeida – Quem não Perdoa, inaugura-se na próxima terça-feira,
no Teatro Municipal, a temporada da Companhia Nacional, empresa subvencionada
Eduardo Victorino.
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